A plataforma vai receber uma comisão de 8% por cada financiamento. Para inicativas individuais a crowdfunding é gratuita. Já as empresas devem subscrever pacotes mensais no valor de 10 mil Kz ou anuais de 96 mil Kz.
Alívio, a primeira crowdfunding (plataforma de financiamento colectivo) já em funcionamento em Angola desde 27 de Fevereiro, vai permitir que os doadores sejam recompensados através de gratificações não financeiras, para incentivar maior contribuição de terceiros a projectos que não saem do papel por falta de financiamento.
Na plataforma Alívio da startup Rebento, os proponentes de projectos empresariais ou criadores de conteúdos têm a opção de atribuir recompensas não financeiras para os doadores caso o projecto avance com o financiamento através da crowdfunding.
A crowdfunding, que foi idealizada para contrapor a falta de financiamento no ecossistema das startups, nas criações artísticas e em outros projectos, permite uma doação mínima de 500 Kz e o máximo dependerá da verba que o projecto pretender arrecadar, ou seja, quanto maior for o financiamento, maior o valor máximo de doação.
As doações são feitas directamente através de bancos e meios de pagamentos assim como em serviços de carteira digital, nomeadamente Banco Angolano de Investimento (BAI), Pay Pay África, Guita, Unitel Money e outros, que se associaram à Alívio. É também através destes meios que as ideias recebem o financiamento arrecado na plataforma. Em termos práticos, a Alívio é apenas um meio de recolha de doações, não tendo contacto direito com as doações.
De acordo com Ribeiro Tenguna, CEO da startup Rebento, o trabalho que foi feito com o BAI – que é a instituição bancaria oficial da Alívio – e outros parceiros permite que os doadores tenham confiança e se sintam seguros a fazer as suas contribuições.
A plataforma Alívio vai receber uma comissão de 13% no final de cada financiamento. Desta comissão, 8% fica com a plataforma e 5% vai ser pago aos parceiros, que são os bancos e os meios de pagamento associados à crowdfunding, segundo Ribeiro Tenguna.
A plataforma cobra também uma assinatura no caso de serem empresas a colocarem os seus projectos para serem “aliviados”. Por mês a empresa pagará 10 mil Kz e por ano 96 mil Kz, sendo que as iniciativas indivíduais são gratuitas.
Os projectos podem receber financiamentos através de pacotes específicos de arrecadação de fundos, designadamente modalidade Cazengo, Lucala, Golungo Alto e Ambaca.
Na modalidade Cazengo, a campanha de doação termina quando a meta estabelecida pelo proponente termina. No caso de a meta não ser atingida por completo, a plataforma reembolsa os valores aos “aliviadores”/doadores.
Na modalidade Lucala, a recolha de doações termina após uma data específica indicada pelo dono do projecto. Ao passo que na modalidade Golungo Alto, a campanha termina quando a meta e a data forem atingidas. Para as duas modalidades, ao fim deste período definido pelo proponente, os valores arrecadados são entregues para financiar o projecto proposto.
Já na modalidade Ambaca, o projecto recebe o financiamento todos os meses, sendo ideal para ideias de capital intensivo.
“A nossa equipa vai dar acompanhamento àqueles que vão receber os recursos. Vamos acompanhar de perto para que o financiamento sirva realmente para o projecto em causa”, assegura Ribeiro Tenguna.
Dentro da plataforma
A plataforma que foi desenvolvida e concebida pela equipa da startup Rebento, com apoio de outros parceiros, permite visualizar o número de doações feitas para cada projecto, assim como o tempo que resta, tudo em tempo real.
Fonte: Expansão